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Amália Rodrigues teve uma ligação profunda com a poesia portuguesa, dando voz a obras de grandes autores e popularizando-as através do fado. A sua ligação com os poetas portugueses não só enriqueceu o repertório do fado, mas também contribuiu para a popularização e valorização da poesia em Portugal e no mundo.

Interpretou poemas de Luís de Camões e de autores contemporâneos como Alexandre O’Neill, David Mourão-Ferreira e Pedro Homem de Mello, cujos versos, como “Povo Que Lavas no Rio”, se tornaram clássicos.

Amália também incentivou a criação de poesia para o fado, colaborando com nomes como Ary dos Santos. Ao unir o fado à alta poesia e à tradição popular, elevou o género a uma forma de arte universal, contribuindo para o seu reconhecimento como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO.

O Disco

Para esta homenagem, deixaram a guitarra portuguesa fora do estúdio de gravação e trouxeram sangue novo ao repertório da fadista, incluindo guitarra eléctrica, bateria, sintetizadores, Coro, Metais, programações e uma orquestra de cordas – London Session Orquestra.

A lista de faixas do álbum reflecte, “uma escolha pessoal dos fados de Amália, mas ao mesmo tempo uma escolha que não é óbvia”, pois escolheram “composições que tivessem espaço para crescer e que tivessem uma sensibilidade pop inata”.

O primeiro single lançado, Gaivota, um poema de Alexandre O’Neill e música do colaborador de longa data de Amália Rodrigues – Alain Oulman – foi cantado por Sónia Tavares e rapidamente se tornou no maior sucesso de rádio do ano.

Fernando Ribeiro interpreta Formiga Bossa Nova, também de O ́Neill e Alain Oulman, e Grito, poema escrito pela própria Amália Rodrigues com música de Carlos Gonçalves.

Paulo Praça interpreta Nome de Rua, de David Mourão-Ferreira e Alain Oulman, entre outras canções.

 

Ficha técnica

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videoclip

Gaivota

Sob realização de Paulo Costa Pinto, o videoclipe de Gaivota, é uma evocação visual poética que acompanha a reinterpretação do clássico de Amália Rodrigues.
Com uma estética cinematográfica cuidada e elegante, o vídeo reforça o tom melancólico e etéreo da canção. É como se fosse a sua extensão, fica connosco depois de acabar.

videoclip

Foi Deus

Realizado por Paulo Costa Pinto, o vídeo inspira-se em Atmosphere de Anton Corbijn, reinterpretando a sua estética fúnebre e simbólica. Uma nova geração carrega agora, com humildade e emoção, o legado de Amália — onde tradição e modernidade se cruzam num mesmo gesto de gratidão.

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